Perante o frenesim dos últimos dias do ano de 2007 sobre o assunto, preferi ter uma atitude discreta em relação à proibição de fumar em espaços públicos. Decidi observar silenciosamente enquanto as pessoas discutiam o assunto no emprego, no comboio, no restaurante… e até no jantar de Natal lá em casa.
Preferi também esperar para ver no que é que isto ia dar. E ontem comecei a ver. E gostei do que vi.
Um dos argumentos, ou queixas, que mais ouvi por parte dos fumadores é de que se instaurou uma ditadura dos não-fumadores. Talvez seja verdade. De facto, até compreendo a importância de serem criadas salas próprias (bem fechadas!) para fumadores, evitando que sejam obrigados a estar ao frio ou à chuva para matar o vício.
No entanto, o que eles se esquecem de mencionar é que, até dia 31 de Dezembro de 2007 vivíamos nós, os não-fumadores, na “ditadura” deles. Porque se eu quisesse estar num espaço sem fumo e matar aquele vício estúpido que eu tenho que é a saúde, também era obrigada a estar à chuva e ao frio.
Acho importante que não se entre em fundamentalismos para nenhum dos lados. Agora que uma lei de protecção aos não-fumadores já fazia falta, é inegável.
E ontem pela primeira vez entrei num restaurante/bar sem me preocupar com o sítio onde me sentar para não ser incomodada. Pelo menos naquele sítio, a lei estava a ser cumprida, e bem.
E, ao contrário do que andaram para aí a ameaçar, o restaurante não estava vazio. Era quarta-feira à noite e a maioria das mesas estavam ocupadas, inclusivamente por fumadores que civilizadamente vinham cá para fora quando queriam fumar.
Tal como nós fizemos durante muitos anos, eles provavelmente chegarão à conclusão de que têm de se habituar às novas regras.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Ontem ao visitar uma sala de convivio no escritorio de um cliente senti que havia qualquer coisa de diferente mas não sabia bem o quê. Lá depois percebi que era a ausência do tabaco que estava a dar aquela leveza. Viva o um de Janeiro! Independência! - Luis
Enviar um comentário