Esta tem sido uma semana para esquecer em termos de dores de cabeça. Desde segunda feira que sinto a dor a estalar e a avisar-me: “vou aumentar ao ponto de te incapacitar, pelo menos por um dia”.
Ao fim de vários anos a sofrer de enxaquecas, começamos a ter um sexto sentido para estas coisas. Se bem que há sempre a enxaqueca-surpresa, que aparece do nada, quando menos se espera.
Mas esta foi uma semana típica para crise de enxaqueca: ando cansada, a comer mal e com muito stress e ansiedade no trabalho. Era de ver que ela vinha aí… outra vez.
A ultima deixou-me de cama a vomitar. A melhor maneira que eu tenho para explicar a dor em si é imaginarem que o vosso cérebro inchou e não cabe no vosso crânio. Juntem a isto a sensação de uma mão a apertar um dos vossos olhos. Há ainda o peso de dois quilos que sentem a cair para a frente quando baixam a cabeça.
O problema é que, regra geral, as pessoas que não sofrem de enxaquecas não percebem o nível de dor que isto pode atingir. Quando tive essa enxaqueca estava a trabalhar como assistente de produção e acho que a produtora só acreditou em mim quando me viu cair redonda (ou, vá, esbelta) no chão.
Aqui onde estou agora, mostram-se compreensivos mas não percebem muito bem porque é que não estou a conseguir somar dois mais dois.
A nível pessoal, acaba por ser um fenómeno mesmo muito incapacitante e até propenso a momentos depressivos.
Neste momento trabalho a tempo inteiro e tenho aulas à noite três vezes por semana, como tantas outras pessoas, e sinto que não estou a aguentar como devia. Sinto que devia ser capaz de fazer isto com mais energia em vez de me andar a arrastar até às aulas.
Acaba por ser um fenómeno um pouco destrutivo para a auto-estima e sinto também que me torna numa pessoa um pouco difícil de lidar nestas alturas, pois fico muito queixosa.
Por outro lado, sinto-me uma autêntica viciada em analgésicos. E irrita pensar que, mesmo tendo cuidado com a alimentação e as horas de sono, possa ter uma crise a qualquer altura.
Desculpem o desabafo, mas estava a precisar e esta até pode ser uma maneira de perceberem melhor o meu estado de espírito nestas alturas.
E parece que tenho mesmo de comer menos chocolate, só faltava mais essa.
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