Aqui ficam as fotos da primeira peça em que participei, em Dezembro do ano passado (no primeiro ano não fizemos peça, apenas demos apoio ao grupo “dos mais velhos”).
O meu encenador estava a trabalhar com um outro grupo, para além do nosso, na Povoa de Santa Iria. Devido a falta de elenco, convidou alguns dos alunos de Lisboa para participar. Como faltava alguem para fazer uma velha, ele lembrou-se logo de mim :)

Ao rever as fotografias não só me emociono como concluo: não houve uma única peça que me favorecesse a aparência!
N’”A Promessa” fazia de velha coscuvilheira e comilona. Na verdade, passava a peça inteira a comer.

Apesar de ter um papel pequeno, foi um desafio. Para mim, que tive de encarnar alguém muito mais velha que eu (a parte da comida foi fácil). Para o meu colega que me fazia a maquilhagem, para me por velha. Para a figurinista, para me por velha…
Mas resultou. Muitos amigos não me reconheciam e muitos espectadores, pelo menos os que ficavam lá atrás, não notavam que eu era uma rapariga nova.

Nesta última, sou a velha que está a atacar as bolachas.
Foi uma experiência muito curiosa, mas também gratificante, trabalhar com um grupo composto, na sua maioria, por pessoas mais velhas que eu (ou menos novas :) )

Na foto anterior podem ver-me com a boca cheia de bolachas. Eu e as outras "velhas" tinhamos de falar várias vezes com a boca cheia e nunca sabiamos muito bem como aquilo ia sair.
Numa das cenas, certa vez, eu perdi uma soca. Um amigo meu caiu em cena e, durante o tempo que a peça teve em exibição, partiu 3 estátuas da virgem maria.

Revelando mais alguns segredos de bastidores (mas poucos), o sangue de uma das personagens era feito com o velhinho truque do ketchup. era eu quem lhe punha o ketchup no peito e passavamos os dois o resto da peça a cheirar a MacDonald's

O senhor que fazia de padre baralhava frequentemente as falas e uma vez falhou uma deixa. O meu colega, sem a deixa, não se apercebeu que era ele a falar. então, a meio da peça o senhor vira-se para ele e diz: "Fala Zé!"

Aqui fica a última, já do fim do espectáculo. As velhas estão à esquerda e eu sou a do meio. Foi um bom começo :)
3 comentários:
Depois de tanta troca de mails a falar de teatro não resisto a comentar esta. "A Promessa" é-me muito querida, pois foi das últimas peças que os meus pais representaram antes de se dedicarem "à vida de gente grande" e lá andava eu pirralha no meio de todos, também eles muito menoooooooooos novos do q eu.
Qual era mesmo a velha q fazias?
ines c.
não digo o nome da minha personagem em publico sobre pena de gozarem comigo para o resto da minha vida :)
eu mando-te um email a dizer...
os teus pais faziam que personagens?
já agora aproveito para dizer que a segunda fotografia da velha é a que mais me surpreende de todas, pois quase nao me reconheço a mim própria nela
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