Uma colega minha do curso de Produção está grávida (e é africana, não sei se isso terá ditado o desenrolar dos acontecimentos ou não). Ontem, chegou algo abatida às aulas.
Contou-nos então a seguinte história: foi ao banco depositar dois cheques e, segundo o que nos disse, não se estava a sentir bem. Explicou a situação a uma senhora que estava à frente dela e perguntou-lhe se poderia passar à frente. A dita senhora terá respondido que estava com muita pressa porque ia trabalhar e não lhe deu o lugar.
A minha colega foi então ao balcão perguntar se tinham serviço de atendimento prioritário, ao que a funcionária respondeu que não, mas que estava no bom senso de cada um fazer o que achava correcto.
Perguntou então a outra senhora que estava numa outra fila se poderia ceder-lhe o lugar. A senhora nº 2 terá respondido: “ É realmente uma questão de cada um ter bom senso e a senhora tem de compreender que já estou aqui há muito tempo”. E não lhe cedeu o lugar.
Foi então para o fim da fila e ainda terá ouvido a funcionária e uma cliente comentar a “falta de chá”. Ela acabou por pedir o livro de reclamações.
Não sei que pedaços da história são verídicos ou não. E conheço casos de pessoas que abusam um pouco dos seus direitos. Por exemplo, uma amiga minha levou propositadamente a filha bebé quando foi tratar do BI, só para passar à frente (quando podia tê-la deixado com os avós, o que teria de certeza sido bem mais confortável para a bebé.). Outra disse na Expo98 que estava grávida para não ter de estar na fila.
Agora, eu própria já presenciei cenas bastante infelizes em transportes públicos, seja com grávidas, deficientes ou idosos e não me custa a acreditar que isto tenha acontecido.
Tirem as vossas ilações... (eu deixo)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Em Portugal existe uma cultura muito fraca no serviço ao cliente já para não falar no simples mas importante civismo das pessoas. Por mais plastico e interesseiro que seja o serviço nos EUA, por exemplo, não se assiste a este tipo de coisas (há outras...). Por cá, felizmente já vão existindo muitas excepções mas ainda estamos longe do que se pretende, especialmente quando usamos e abusamos da nossa vaidade: bem receber. (Luis)
Enviar um comentário