quinta-feira, 8 de novembro de 2007

"O Gato Preto e Outros Fantasmas" - Fotos

Desta peça tenho ainda muito poucas fotos e, além disso, estão muito escuras (mas acho que é de proposito).

Não foi a personagem que me deu mais prazer a fazer, tenho de confessar, mas gostei de trabalhar com um encenador e grupo diferentes do que estava habituada para ver como era trabalhar "fora de casa" . Foi enriquecedor. Além disso, apesar de ter uma base esverdeada e olheiras, pois fazia de empregada fantasma, acho que foi aquela em que estava mais favorecida :)


Finalmente, " O Gato Preto e Outros Fantasmas".

A peça estava com uma estrutura muito gira. Passava-se no palácio da quinta da subserra e o espectador seguia os actores nas diversas salas (tipo T de Lempicka, para quem viu, mas não havia divisão entre cenas, havia só uma linha de história).

Portanto, foi completamente diferente de uma peça de palco. aqui, eu estava num quarto pequeno, deitada numa cama, e as pessoas estavam muito próximas de mim. Isto implicou lidar muito de perto com o público, o que nem sempre era fácil. Chegaram mesmo a sentar-se na cama onde eu estava e a abrir portas que deviam estar fechadas.



Fizemos a peça em Junho (logo a seguir a ter feito a Mulher do Campo) e houve reposição em Setembro. E, claro, houve muitas peripécias.

Num dos espectáculos da reposição, quando me levanto, sinto o vestido e o soutien a cairem do lado direito. Tinha só o avental, branco e fino, por cima. Estou a representar (felizmente ainda sem fala) e a pensar... agora o que é que eu faço? Decidi agarrar no avental.

Durante a cena tinha de me calçar e pegar numa tijela. Para esse grupo de espectadores a Amélia devia ter um problema qualquer porque fiz isto tudo com a mão direita ao peito :)




Tinhamos também umas larvas que era suposto eu andar a carregar e que acabei por nao conseguir. Elas estavam numa tigela em cima da mesa da cozinha e era suposto sairem do frigorifico, meio adormecidas, apenas minutos antes da peça começar.

Na estreia da reposição tirámo-las cedo demais e estavam bem vivinhas. Ora, eu estava a fazer nesse dia a peça sem lentes de contacto (e não podia ter óculos, claro), e quando fui à cozinha só ouvia "crack" "crack".
A minha colega contou-me depois que eram larvas por toooooodoo o lado e o público também teve de se desviar para não as pisar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Compreendo melhor agora a tua ligação ao teatro e aquilo que me contavas. Com mais amargura fico por nunca ter visto as peças. Mas ainda não perdi a esperança. Avisaste-me que me iria rir. Só consigo sorrir, não pela ausência de piada, mas pela admiração pelo trabalho que fizeste e também pela maneira como o descreves no post. Só há uma palavra... Parabéns. Afinal não.. há mais para dizer... não tenho a minima duvida que vais voltar ao palco um dia e eu vou tentar lá estar. Luis

Anónimo disse...

Olá
As fotos estão espectaculares. 5 Estrelas.
Acredito que a peça te tenha dado muito prazer. Lembro-me como falavas do gato preto que pelo que sei foi um sucesso.
Bom agora estás fora durante algum tempo, mas tenho a certeza que regressas em breve aos palcos.
As críticas que ouvi á prestação do grupo por parte de gente com alguma importância em VFX, faz-me acreditar que esse regresso está para breve. E porque não actriz profissional. O primeiro passo, já deste. Isso de estares nessa empresa não é para ti. És uma mulher criativa. As artes estão-te no sangue.
Parabéns. Bom trabalho.
Worten sempre

Miguel António Rodrigues